segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Por que Deus permite o sofrimento?


Semana passada presenciamos um dos maiores desastres já vistos em nossos país.O forte temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro na terça-feira deixou centenas de mortos e milhares de sobreviventes desabrigados e desalojados, principalmente na região serrana.
O deslizamento ocorrido devido à chuva,já é considerado o segundo maior do mundo no último ano e o terceiro maior da década. Nos telejornais, podemos acompanhar a história de famílias inteiras que foram mortas, ou encontram-se sem lugar para morar. Acompanhamos e partilhamos de suas dores e sofrimentos, e eis que vem o pensamento: Onde está Deus quando essas calamidades acontecem? Por que Ele permite que inocentes sofram? Não existe um Deus de amor? Por que, então, existe sofrimento?
E esses "porquês" enchem nossas mentes de dúvidas e incertezas quanto ao caráter de Deus.
Será esse Deus arbitrário e tirano? Não está Ele do céu punindo a raça humana por suas maldades ao longo dos anos?
É o que vamos descobrir agora, tendo como base unicamente a Palavra de Deus. Deixando de lado todo e qualquer esterótipo ou filosofia humana, e mantendo os olhos naquilo que Deus disse em sua Santa Palavra.
Em primeiro lugar, Deus não é o autor do sofrimento. Nenhuma tragédia nasce na mente divina. A morte, a doença, a traição, a injustiça, as enchentes, secas, terremotos e furacões, enfim, tudo aquilo que traz dor ao ser humano tem origem na mente e no coração do inimigo de Deus. Em Jeremias 29:11, lemos:
"Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal."
A Bíblia é clara ao declarar que este mundo saiu das mãos de Deus como um mundo perfeito (Gênesis 1:31). Não existia orgulho, nem ciúmes, nem traição. A dor, a morte, a tragédia e o sofrimento não faziam parte do mundo perfeito idealizado pelo Criador.
Mas a Bíblia também diz que Deus confiou este mundo aos cuidados do ser humano.
"Tomou, pois o Senhor Deus ao homem e o colocou no Jardim do Éden para o cultivar e o guardar."(Gênesis 2:15)
Infelizmente, Adão e Eva venderam este planeta ao inimigo de Deus. E o venderam barato. Por um minuto de curiosidade, prazer, ou descontrole. Tanto faz. O fato é que o venderam barato demais.
Ás vezes pensamos: Como é que Adão e Eva foram tão incautos a ponto de trocar um mundo tão belo e perfeito por um minuto de aventura? A realidade é que não foram só eles. Fomos nós. Você, eu e todos os seres humanos. Porque ainda hoje continuamos fazendo a mesma troca.
O homem arruína a família por um minuto de curiosidade. Troca preciosos momentos de leitura da Palavra de Deus por leituras fúteis e degradantes. Vende seus valores, seus pincípios e até o próprio respeito.
Depois do pecado, o diabo introduziu no mundo o ciúme, a inveja, o egoísmo, a exploração, a morte, a dor, as enfermidades, furacões, terremotos, enchentes, secas e tudo aquilo que traz sofrimento e desgraça ao ser humano.
A única motivação dele é fazer sofrer a criatura, porque sabe que por trás da criatura está o Criador. O diabo é o arquiinimigo de Deus, mas sabe que na luta corpo-a-corpo está perdido. Já foi expulso uma vez do céu. Portanto, a melhor maneira de fazer o Pai sofrer é provocando dor nos Seus filhos.
Por outro lado, Satanás quer desvirtuar o caráter de Deus. Esse é o seu grande objetivo, e sabe que, finalmente, a criatura atribuirá todos os sofrimentos ao Criador.
Porventura não se perguntou você alguma vez por que Deus permite que crianças indefesas morram de fome enquanto os adultos brigam? Por que Deus permite que crianças inocentes nasçam defeituosas? Deus não é o autor dessas tragédias. Mas o ser humano as atribui a Ele inconscientemente. O inimigo conseguiu o que queria: apresentar a imagem de um Deus mau e arbitrário.
Surge, então, outra pergunta: "Não é Deus mais poderoso que o diabo? Não pode Ele impedir que o sofrimento toque nossas vidas?" Pode sim. Mas já dissemos que Adão e Eva passaram o título de propriedade deste mundo ao inimigo, e Satanás sente-se então tão dono que, quando Jesus esteve aqui, teve a ousadia de mostrar-Lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e dizer: "Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares." (Mateus 4:9)
O diabo não é dono de nada. Ele é um ser criado como qualquer outra criatura, mas acha-se no direito de sentir-se dono do mundo e colocar dor e tristeza naquilo que ele considera sua propriedade.
Lembra-se da acusação de Lúcifer no céu? Ele colocou em tela de juízo o caráter divino. Ele acusou o Criador de não querer a felicidade da criatura. Deus podeia ter destruído o inimigo ali mesmo, mas teria ficado para sempre a interrogação: "Será que ele tinha razão ou não?" Portanto, era preciso que o tempo transcorresse. Que a história do mal e do sofrimento seguisse seu curso. E hoje podemos observar a insustentabilidade das acusações do diabo. Olhe a dor à sua volta, e você verá porque Deus colocará um ponto final na história do mal.
Logo, percebemos, então, que egoísmo é a única motivação para o diabo provocar sofrimento no ser humano. Ele nos faz sofrer pelo puro prazer de sofrer. Mas Deus, em Seu infinito amor, toma esse sofrimento que saiu da mente do inimigo para destruir e transforma-o em instrumento de edificação. Assim, o ouro entra no fogo, mas não se queima como a madeira. Pelo contrário, ele sai mais purificado, O diamante bruto é colocado sob o esmeril e não desaparece como a pedra comum. Ao contrário, sai transformado num diamante valioso e luminoso. Todo aquele que confia no Senhor Jesus é ouro e pedra preciosa. O sofrimento pode vir, mas não será capaz de destruí-lo.
Sabe, Deus não nos prometeu que nesse mundo nós não teríamos lutas e dificuldades. Pelo contrário, Ele disse: "no mundo passareis por aflições", mas Ele prometeu que quando você passasse pelo vale da sombra da morte, isto é, pela mais dura aflição, Ele estaria lá com você, segurando forte a sua mão. E assim, Ele te fará vitorioso, puro como o ouro e brilhante como o diamante.


- Algumas idéias foram extraídas do livro "O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse.", de Alejandro Bullón.

5 comentários:

  1. Muito interessante é a análise textual da realidade supostamente a partir da palavra bíblica.

    Dado o caráter reflexivo da redação, a seguir lhe trago alguns questionamentos objetivadores de conhecer seu posicionamento ante eles e, sobretudo, de contribuir para a discussão das ideias trazidas a seus leitores.

    - Partindo do pressuposto da existência do acordo entre Eva, Adão e Satanás, considerar que todo ser humano forçosamente endossa o conteúdo desse pacto equivale a julgar que todo homem necessariamente envereda perdidamente pelo caminho da maldade. Tal generalização não é gritantemente contradita pela existência de inumeráveis exemplos de homens que, tanto em moralidade quanto em intelectualidade, dedicam-se preponderantemente a causas benévolas e, portanto, compatíveis com a natureza divina que lhes é inerente? Além disso, como reputar que indivíduos impossibilitados de escolherem entre o Bem e o Mal, como o são o idiota e o louco, necessariamente perpetuem a validade desse suposto acordo?

    Hipoteticamente, tenhamos em conta que a resposta a isso esteja no fato de que uma pretensa herança maldita decorrente do suposto acordo tenha sido relegada à humanidade. Se assim fosse, onde residiria o livre-arbítrio divinamente concedido ao homem, visto que ele, tendo perpetrado ou não pecado equivalente em gravidade ao de Adão e Eva, inevitavelmente teria de sofrer as nefastas consequências oriundas deste? Haveria, de fato, nessa pretensa expiação, uma amostra da Justiça divina?

    - Partindo da premissa de que Deus tenha podido no Céu destruir o que entendes por Lúcifer; Ele, aniquilando-o, realmente deixaria a si ou à humanidade dúvidas quanto a seu desejo de que sejamos felizes? Julgar que sim é evidentemente correspondente a se pôr em xeque a validade da Sabedoria e da Justiça divinas. Ademais, onde residiria essa suposta relação de proporcionalidade entre o Criador querer ou não que sejamos felizes e a existência de Satanás? Pois, a inconcebível sugestão que se apreende do texto é de que Deus paradoxalmente comprovaria Sua intenção de que sejamos imbuídos de felicidade permitindo que a fonte maior do Mal continuasse a existir.

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  2. - Primeiramente, eu gostaria de deixar claro que tudo aquilo que aqui eu escrevo são convicções minhas, partidas do meu estudo da Bíblia.
    Quanto ao seu questionamento sobre homens e mulheres que dedicam-se a causas benéficas, a minha visão é de que dentro do homem há duas naturezas,: a divina, que foi com a qual ele foi criado. E a partir do pecado, passou a existir juntamente com esta, a natureza "pecaminosa". Ambas as naturezas persistem em existir no coração do homem. E creio que quando homens e mulheres se dedicam a causas benéficas, estes estão agindo pela natureza divina que existe dentro deles. E quanto aos loucos e aqueles que não nasceram com o poder de escolher entre o bem e mal, acredito que estes insentam-se das consequencias destas escolhas. Pois tais escolhas só podem ser feitas por meio de uma sábia e sensata decisão própria.

    -Em relação a justiça divina no "permitir" com que nós sofrêssemos com as consequências do pecado de Adão de Eva, quando afirmas que o homem não teve outra escolha senão pagar pelo erro de Adão, acredito que todos nós pecamos(Romanos 3:23), reproduzindo o mesmo pecado de nossos primeiros pais, e só poderíamos reinvidicar um mundo sem sofrimentos se tivéssemos uma vida isenta de pecado. Acredito que o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23) e todos nós pecamos, por isso morremos, e se esse mundo tem sofrimentos é resultado de séculos de pecado e destruição.
    Mas como a Justiça Divina é perfeita, e não permitiria deixar o ser humano ao léu do pecado, Deus enviou à Cristo, este pagou os preços do pecado de Adão e de cada um de nós. Nos mostrando que somente Alguém sem pecado algum pode ter e conceder um mundo perfeito, que é aquele que Ele tem preparado para cada um daqueles que aceitarem o seu sacrifício.


    - E em relação à permissão de Deus em que Satanás continuasse sua obra, é importante ressaltar que em sua rebelião no céu, Satanás não se mostrou como Ele tem se mostrado hoje, destruidor e inimigo de Deus. No céu, Ele colocou em jogo a veracidade da Lei de Deus, principalmente no que diz respeito à somente Cristo receber adoração. A inveja nasceu em seu coração, e ele tentava persuadir aos anjos de que Deus era injusto. Muitos anjos foram convencidos por suas alegações, o que nos leva a concluir que os anjos não conseguiam ver a maldade e falsidade que hoje nós temos a infelicidade de ver. Era, portanto, necessário mostrar perante os habitantes do Céu, que o governo de Deus é justo, que sua Lei é perfeita. Satanás fizera com que parecesse estar ele procurando promover o bem do Universo. O verdadeiro caráter do usurpador e seu objetivo real deveria ser compreendidos por todos.
    E mesmo quando foi expuso do céu, a Sabedoria infinta não destruiu Satanás. Visto que unicamente o serviço de amor pode ser aceito por Deus, a fidelidade de Suas Criaturas deve repousar em uma convicção de Sua justiça e benevolência. Os habitantes do céu, não estando preparados para compreender a natureza ou consequência do pecado, não poderiam ter visto então a justiça de Deus na destruição de Satanás. Houvesse ele sido imediatamente destruído, e alguns teriam servido a Deus por temor em vez de o fazer por amor.
    A rebelião de Satanás deveria ser uma lição para o Universo, durante as eras vindouras - perpétuo testemunho da natureza do pecado e de seus terríveis resultados. A atuação do governo de Satanás, seus efeitos tanto sobre os homens como sobre os anjos, mostrariam qual seria o fruto de se pôr de parte a autoridade divina.
    Testificariam que, ligado à existência do governo de Deus está o bem-estar de todas as criaturas que Ele fez.
    E somente ligados à Ele poderemos ser felizes, mesmo em meio ao pecado e sofrimento. Pois Ele fez uma promessa, de que o mal não seria eterno, mas a felicidade daqueles que permanecerem em Seus preceitos, sim.

    Espero ter sido clara!
    Um grande abraço =D

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  3. Primeiramente, agradeço-lhe profundamente por dedicares tempo, paciência e inteligência a nossa discussão de ideias; espero que ela esteja sendo a você tão ou mais proveitosa do que me tem sido.

    Interessante é sua crença de que, a despeito de ser criatura proveniente de Deus, o homem, ao ter realizado acordo com Satanás, inevitavelmente foi substancialmente modificado, passando a coexistir em si, junto à natureza divina, uma pecaminosa. Assim, todo ser humano, desde seu nascimento, carregaria no coração tanto o Bem quanto o Mal, sendo que a preponderância de um ou outro estaria diretamente ligada à conduta assumida durante a existência física.

    O sustentáculo dessa tese é ou devido a inconscientemente acreditares na aludida Herança Maldita à humanidade, ou a que, mesmo ilogicamente incluindo a quem ainda não tenha podido pecar, julgares que todo indivíduo perpetua a validade do suposto pacto de Adão e Eva com Lúcifer, fato que lhe acarretaria possuir, também, em si, uma natureza malévola.

    Essa consideração de que o diabo possa, em influência ao homem, equiparar-se a Deus, não traz forçosa e indutivamente a conseqüência lógica de que Este seja equivalente em forças àquele?

    Concordo plenamente com você quanto à afirmação de que quem seja impossibilitado de escolher entre o Bem e o Mal, necessariamente é isento dos efeitos oriundos dessa escolha. E, relativamente a esse assunto, também lhe pergunto: se Jesus hoje voltasse e houvesse o Julgamento Final, que sorte julgas, com base em suas convicções pessoais fundamentadas pelo estudo bíblico, teriam aqueles que podemos considerar terem vivido moralmente neutros, já que não puderam ter o mérito de praticar o Bem, nem o demérito de fazer o Mal?

    Na realidade, equivoca-se ao afirmar que asseverei ter a humanidade sofrido as consequências oriundas do pretenso erro de Adão, posto que considerei a supracitada Herança Maldita apenas como hipótese possivelmente justificadora de sua crença de que todo homem necessariamente perpetua o pacto supostamente estabelecido entre Adão, Eva e Satanás.

    De fato, em Romanos 3:23, afirma-se que todos pecaram, o que, sendo interpretado literal e isoladamente, embasa sua crença de que todos somos pecadores; no entanto, deturpas esse fragmento bíblico ao associá-lo à tese de que todo ser humano reproduz o pecado original, visto que de nenhuma forma ele realiza essa vinculação; entretanto, é possível que a humanidade seja pecaminosa por ainda conservar o pretenso acordo com Lúcifer, assim como o pode ser em razão de imbuída da hipotética e bíblica maldição divina decorrente dele.

    Se analisarmos a Bíblia literalmente, como você o fez em Romanos, sem dúvida concluiremos que a segunda possibilidade de justificação da pecaminosidade supostamente inerente ao homem é válida, porquanto em Gênesis 3: 16, 17 e 19, há descrição da pretensa punição divina a Adão e Eva, sendo que, evidentemente, os efeitos dela continuam a incidir sobre a humanidade; afinal, que agricultor não obtém em fadigas o sustento durante os dias de sua vida? Que mulher é destituída de sofrimentos durante a gravidez, de dores ao dar à luz filhos?

    Se o mundo perfeito que Deus estaria preparando só é destinado, como afirmas, àqueles cuja interioridade for pura, que ser humano estaria apto a habitá-lo, já que todos seríamos pecadores?

    Julgas que os habitantes do Céu, ainda despreparados para compreender a deterioração moral de Satanás, de modo algum poderiam considerar justa a destruição dele por Deus. No entanto, será que eles, como pressupões, de fato consideravam ser Ele imbuído de falibilidade?

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  4. -"Primeiramente, agradeço-lhe profundamente por dedicares tempo, paciência e inteligência a nossa discussão de ideias; espero que ela esteja sendo a você tão ou mais proveitosa do que me tem sido."

    Também lhe agradeço, podes ter certeza que me está sendo muito proveitosa, sim!

    -"Essa consideração de que o diabo possa, em influência ao homem, equiparar-se a Deus, não traz forçosa e indutivamente a conseqüência lógica de que Este seja equivalente em forças àquele?"

    Em minha opinião, não, o Diabo não tem a mesma força que Deus, Deus é muito maior em forças do que Satanás, afinal, Ele é o Criador e Satanás é a criatura. Mas, Deus não é um Deus que obriga o ser humano à obedece-Lo e servi-Lo, Ele nos deu o que chamamos de livre arbítrio, e se Ele exercesse alguma "força" que nos fizesse servi-Lo, isso iria contra a Sua própria natureza, que requer uma obediência espontânea e livre. Portanto, Ele somente nos apresenta Seu convite de O aceitarmos, mas não exerce nenhuma força "à mais" para que respondamos positivamente à esse convite.
    É como está escrito em Apocalipse 3:20:
    "Eis que estou a porta a e bato". Somente aqueles que quiserem ouvi-Lo e abrirem a porta, "cearão" com Ele.


    -"... se Jesus hoje voltasse e houvesse o Julgamento Final, que sorte julgas, com base em suas convicções pessoais fundamentadas pelo estudo bíblico, teriam aqueles que podemos considerar terem vivido moralmente neutros, já que não puderam ter o mérito de praticar o Bem, nem o demérito de fazer o Mal?"

    Apesar da Bíblia não relatar claramente sobre esse assunto, a minha opinião é a mesma de Ellen G. White, uma escritora muito conceituada na Igreja Adventista, que tais pessoas serão julgadas como bebês, e enfim serão constituídas de "sensatez", já que no Céu não haverá ninguém "imperfeito".

    -"Na realidade, equivoca-se ao afirmar que asseverei ter a humanidade sofrido as consequências oriundas do pretenso erro de Adão..."

    Desculpe por ter interpretado mal suas palavras, não foi a minha intenção.

    -"De fato, em Romanos 3:23, afirma-se que todos pecaram, o que, sendo interpretado literal e isoladamente, embasa sua crença de que todos somos pecadores; no entanto, deturpas esse fragmento bíblico ao associá-lo à tese de que todo ser humano reproduz o pecado original, visto que de nenhuma forma ele realiza essa vinculação;..."

    Ao associar o versículo de Romanos 3:23 ào fato de que reproduzirmos o pecado de Adão, o faço apenas comparando nossos pecados com o de Adão, já que nós não praticamos o mesmo erro que ele, mas pecamos da mesma forma como ele pecou, desobedecendo às ordens divinas.

    (...)continua(...)

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  5. -"Se analisarmos a Bíblia literalmente, como você o fez em Romanos, sem dúvida concluiremos que a segunda possibilidade de justificação da pecaminosidade supostamente inerente ao homem é válida..."

    Concordo plenamente.

    -"Se o mundo perfeito que Deus estaria preparando só é destinado, como afirmas, àqueles cuja interioridade for pura, que ser humano estaria apto a habitá-lo, já que todos seríamos pecadores?"

    Sim, por nós mesmos não teríamos nenhuma possibilidade de viver do modo que somos eternamente com Cristo no Céu. Mas em 1 Coríntios 15:51-54 temos descrita a nossa grande esperança. Aqueles que buscarem viver com Cristo nessa Terra, serão finalmente "revestidos de incorruptibilidade", e dessa forma no dia da ressurreição final, seremos "transformados", e enfim seremos novamente perfeitos como Deus nos criou, e assim, somente assim, poderemos viver eternamente com Cristo no reino dos Céus.

    -"No entanto, será que eles, como pressupões, de fato consideravam ser Ele imbuído de falibilidade? "

    Deus declarava e declara ser amor. Se Ele houvesse destruído Satanás de imediato, provavelmente os habiantes celestiais não teriam compreendido o porquê de tal atitude.
    E provavelmente, aquele mesmo sentimento que surgiu no coração de Lúcifer, poderia ter sugido em outros seres. Dessa vez, no entanto, com a premissa de que Deus seria um Deus tirano e arbitrário, que não permite que Suas Criaturas discordem da Sua Lei.
    Acredito que se Satanás, que era um querubim de alto nível nas cortes celestiais, foi suscetível ao pecado, outros seres celestiais poderiam da mesma forma ter se rebelado contra Deus após a destruição de Satanás.
    Pois, os seres celestes não conseguiam discernir que sentimento era aquele que Satanás estava procurando difundir, afinal, eles nunca haviam conhecido o pecado. Hoje, no entanto, todos podem compreender qual o resultado de se rebelar contra Deus.

    Abraços =D

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